As mudanças ocorridas na Saúde, com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), forçaram um repensar sobre a formação de um novo profissional de Saúde Coletiva. Porém, o modelo biomédico, centrado na doença, ainda prevalece. O Curso de Saúde Coletiva veio para confrontar com esse sistema que hoje está imposto a sociedade.
Ha algum tempo atrás, só se ouvia falar em Saúde Coletiva em níveis de pós – graduação, onde aproveitavam – se, médicos, dentistas, fisioterapeutas, nutricionistas, entre outros profissionais da saúde para serem profissionais pós – graduados em saúde pública. A saúde coletiva em níveis de graduação vem em busca de um novo olhar para formar profissionais, que em quatro anos, que serão capazes de compreender a saúde pública como um processo continuo em um parâmetro de conhecimentos e práticas.
Esse profissional será conhecido como, Bacharel em Saúde Coletiva ou sanitarista, não atuará na questão clinica, mas compreendendo e atuando interdisciplinarmente na esfera pública, em programas como promoção à saúde, vigilância ambiental, sanitária e epidemiológica, também podendo administrar e supervisionar políticas sociais de saúde em órgãos públicos, privados ou no terceiro setor.
O perfil do profissional em Saúde Coletiva é generalista, humanista, crítico e reflexivo, qualificado para atender as necessidades sociais de saúde e gerenciar os processos coletivos de trabalho em saúde, fundamentado em princípios humanísticos e éticos. Capaz de realizar ações de vigilância, planificação, gestão, controle, avaliação, auditoria, além de intervenções sociais e organizadas dirigidas a promoção, proteção, comunicação e educação em saúde.
Busca-se na Saúde Coletiva um profissional voltado para uma melhor atenção à saúde pública, que busque suprir as demandas do mercado de trabalho que engloba principalmente programas e instituições governamentais, podendo abranger empresas privadas de saúde. Há boas perspectivas para esse profissional no setor público para atuar na formulação de políticas sociais e também na gestão das unidades de saúde, simultaneamente, responder às novas necessidades decorrentes das mudanças nas formas de organização e gestão das instituições de saúde, bem como coordenar programas, projetos e sistemas de saúde, nas áreas de planejamento, gestão e avaliação. O sistema suplementar, que engloba empresas de seguro – saúde e organizações médicas, também absorvem esse bacharel, podendo ocorrer nos órgãos da área sanitária, ambiental, saneamento e agrária.
Instituições e Secretarias de saúde possuem cargos que são hoje ocupados por pessoas oriundos de outras graduações, pessoas que apenas conhecem a saúde pública, cargos esses que devem ser exercidos futuramente por bacharéis em Saúde Coletiva.
Autores: Erik Firmino de Paula, Paula Tavella dos Santos, Paola Mariana dos Santos, Jeffernson C. da Silva, Inês de Freitas Apel, Gracielle C. Jubanski, Marcelo Pereira de Oliveira.
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